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TUBERCULOSE

 

A Tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. Na grande maioria dos casos ela afeta os pulmões, mas também pode afetar outros órgãos ou sistemas.

A doença pode se apresentar como:

  • Tuberculose Pulmonar: é a forma mais comum da doença e a mais importante do ponto de vista de saúde pública, pois é esse tipo de Tuberculose que perpetua a cadeia de transmissão da doença.
  • Tuberculose Extrapulmonar
    • Tuberculose Pleural: forma mais comum de Tuberculose fora dos pulmões. Afeta as membranas que recobrem os pulmões.
    • Tuberculose Ganglionar: é frequente em pessoas vivendo com HIV e em crianças. Geralmente acomete os gânglios linfáticos cervicais – causando as lesões mais conhecidas como ínguas.
    • Tuberculose Meningoencefálica: menos frequente, acomete o sistema nervoso central, como cérebro e meninges.
    • Tuberculose Pericárdica: menos frequente, acomete a membrana que recobre o coração.
    • Tuberculose Óssea: é mais comum em crianças, e geralmente acomete os ossos da coluna vertebral, mas também pode ocorrer nas articulações dos quadris e joelhos.

 

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

 

A cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por Tuberculose no mundo. Em 2015, Índia, Indonésia, Nigéria, China, Paquistão e África do Sul, foram os países responsáveis por 60% dos novos casos de tuberculose no mundo.

A região das Américas representa cerca de 3% da carga mundial de tuberculose, com 268 mil casos novos estimados, sendo que 33% dos casos estão no Brasil.

Em 1993, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a TB como emergência mundial. E em 2000, 189 países firmaram compromisso para combater a extrema pobreza e outros males da sociedade. Isso se concretizou nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que deveriam ser alcançados até 2015. A TB foi contemplada no sexto objetivo, tendo como meta deter o aumento da incidência da doença.

O Brasil está entre os 30 países de alta carga para TB e TB-HIV considerados prioritários pela OMS para o controle da doença no mundo. De acordo com a OMS, o Brasil atingiu as metas dos ODM relacionados à incidência e mortalidade por tuberculose, contribuindo, assim, para redução da carga da TB no mundo (WHO, 2015). Ainda de acordo com a OMS, o Brasil possui a maior taxa de detecção entre os países de alta carga (WHO, 2017).

No Brasil, a doença é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.

 

POPULAÇÃO DE RISCO

 

A TB persiste como importante e desafiador problema no âmbito da saúde da população, contribuindo para manutenção do quadro de desigualdade e exclusão social em diversos países.

A distribuição do número de casos ocorre de forma desigual no mundo, concentrando-se nos grupos sociais desfavorecidos. No Brasil, assim como em outros países que possuem condições de vida semelhantes, alguns grupos populacionais têm maior chance de desenvolver TB, como pessoas vivendo em situação de rua, pessoas vivendo com HIV, pessoas privadas de liberdade, e indígenas.

Outros fatores de risco para adoecimento ou agravamento da Tuberculose são a desnutrição, o diabetes mellitus, doenças ou tratamentos imunossupressores, idade (menos de 2 anos, ou mais de 60 anos), o uso de tabaco, álcool e outras drogas, e dificuldade de acesso aos cuidados de saúde.

QUADRO 1 – Risco de adoecimento por tuberculose nas populações vulneráveis, em comparação com a população em geral

POPULAÇÕES VULNERÁVEIS RISCO DE ADOECIMENTO POR TUBERCULOSE CARGA ENTRE CASOS NOVOS
Pessoas em situação de rua 56x maior 2,5%
Pessoas Privadas de liberdade 28x maior 8,4%
Pessoas Vivendo com HIV 25x maior 11%
Indígenas 3x maior 1%

Fonte: CGPNCT/SVS/MS.

Pessoas pertencentes a grupos populacionais mais vulneráveis, como os citados acima, devem ser investigadas para Tuberculose independente do tempo de duração de tosse.

 

 

IMPORTANTE

O diagnóstico precoce do HIV aliado ao tratamento adequado constitui uma forma de prevenção para novas transmissões, além de melhorar tanto a expectativa de vida quanto a qualidade de vida do portador de HIV.

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